sábado, 24 de dezembro de 2011

Conversando com a morte...



Eu diante de minha pequenez,
Venho perante todos vós,
De face e mãos limpas, e livres
De qualquer coisa, que eu
Possa me esconder, e esconder
Meus sentimentos...
A morte algumas vezes passou,
E refletiu sobre o brilho
Fosco de meus olhos cegos
Pelas incertezas de minha vida em morte...
Ela me parece ser tão acolhedora,
Tão perfeita, tão afável e amável...
Sua escuridão tem um brilho
Tão intimo e puro, como
Se a própria luz fosse escura,
Diante desta escuridão...
Lembro-me de seu toque gélido,
Que chegava a ser até quente demais...
Lembro-me de seu aroma, doce,
Que me lembra sangue fresco...
Lembro-me de teus olhos, perdidos
Querendo e ao mesmo tempo não
Querendo me levar...
Nossa conversa foi tão calma e forte,
Foi tão confusa e reveladora,
Foi tão, tão sem palavras...
Tudo estava tão perfeito,
A brisa suave batia em minha
Face, e me deixava cada vez
Mais pálida e tranquila...
A escuridão que se apresentava,
Mostrava-me todas as direções...
Enxerguei todos os erros cometidos,
Todas as falhas cometidas, todos os acertos
Feitos...
Minhas bochechas pálidas ficaram
Rosadas quando a ouvi dizer de Ti,
Como meu ser queria te ver,
Mas quando me dei conta que
Nossa aposta quase impossível,
Foi concretizada, meu coração
Bateu pela ultima vez...
Meu sorriso foi tão imenso e surreal,
Que nós duas não entendemos...
Pois minha vida em morte,
Agora realmente é real,
É engraçado olhar o passado,
E ver tudo se passar novamente...
Descobri que minha peça de teatro
Jamais terá fim... E mesmo que o fim chegue,
O recomeço virá antes...
Na hora que a Morte se despediu de mim,
E eu dela, lágrimas escorreram em nossa face,
E elas encontraram o chão, onde duas
Roseiras negras nasceram, e se alguém
Ainda passar por lá, irá ver
As duas roseiras mais lindas e majestosas
Que existem em todos os universos...
Como não relembrar destes momentos?
E como posso dizer que te...te...?

By: I.C.P.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Perguntas...



Chorar?
Apenas se for para ser feliz.
Morrer?
Só se for para continuar viva.
Magoar?
Apenas se for para crescer.
Sofrer?
Apenas se for para ter prazer.
Ouvir?
O mais alto possível o soar das cordas da minha guitarra gritando.
Falar?
Apenas se for necessário.
Discutir?
Apenas se for para acertar a nossa canção.
Gritar?
Apenas se for para Você me ouvir cantar.
Fugir?
Jamais, fugir é para os fracos de espírito.
Sonhar?
Sempre, nossos sonhos é o que nos move aqui.
Correr?
Apenas se for para te reencontrar.
Beijar?
Apenas se for para amar.
Desesperar?
Apenas se for por não poder te achar.
Sorrir?
Apenas se for para te fazer feliz.
Ajoelhar?
Apenas se for aos pés de Papai.
Errar?
Os erros são inevitáveis.
Mentir?
Uma palavra que já nos faz sofrer, apenas por existir.
Perdoar?
Sempre, não sou ninguém para julgar alguém.

By: I.C.P.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Alicerce...



Esse alicerce que aqui
Lhe apresenta, quer
Dizer algumas palavras
De sua vida cheia de
Obscuridades em torno de si.
Hoje venho dizer que por
Mais que as pessoas
Acabaram e acabam comigo,
Por mais que elas
Conseguiram arrancar
Sangue de meus olhos,
Por mais que as pessoas
Conseguiram acabar com meu chão
Sob meus pés, estou de
Pé, sendo que sou o único
Alicerce faz esta família
Continuar segura e viva.
Continuo aqui firme e
Forte, mesmo com essas
Cicatrizes profundas e mal curadas,
Pois sempre soube que Você
Ajuda-me a sustentar tudo
Isso, quando eu estava
Preste a desistir!
Mas agora, mesmo que
Sofrendo ou chorando estiver
Sempre vou te dizer TE AMO
Pois Vós nunca me negastes
Teu amor! Agora é a vez
De este anjo alicerce dar-lhe
O amor que Vós merecestes,
Sei que não tenho valor
Diante de Ti, sei que minha
Vida de escuridão e sangue
Atormenta-lhe, mas mesmo com
Essa minha pequenez e com
Estes meus defeitos,
Vós me amastes e continuais a me amar.
Então mesmo sendo eu
Um ser insignificante,
Perto de Vós, irei amar-lhe,
Na minha simples escuridão,
No meu simples modo de amar.

By: I.C.P.